segunda-feira, 27 de julho de 2009

Adeus.

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Enfim, o fim.
Blog definitivamente desativado.

http://verdadesfragmentadas.blogspot.com/
[acessem,bjos]

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

ao som de rave.

você já se preocupou tanto com alguém a ponto desse 'cuidado' se tornar um encomodo diário?

Imagine ver alguém que já fora importante na tua vida decaindo, leia-se essa importancia como paixão, como dúvida, como a incerteza mesmo as vezes mais certa que tudo, como medo, insegurança, carinho. então eu lhe diria realmente importante, com todos os sentidos da palavra REALmente.

Dói. mas a dor não é pela perda de todos estes significados, nem pela distância que construímos entre nós independente do motivo, mesmo que saibamos de todos. Dói porque é difícil te olhar todos os dias e ver que teus olhos já não transmitem verdade, não brilham tanto quanto antes, mesmo que tu transpareça estar feliz com a vida que levas agora.

Parece bobagem esse papinho fiado de nós e do que eramos, do que podiamos ter sido né? Eu sei, pura cena minha, eu sei que teria sido incrível, que teriamos crescido mais juntas do que crescemos separadas. Crescimento. sempre foi minha palavra pra nós. Mas então por que tudo parou e você regrediu? eu sei que dei um passo pra trás, que me afastei e que ainda faço isso sempre, mas me parece tão prudente fazer essa escolha, pra você não?

"Que seja intenso enquanto dure" e nós sabemos que foi. E eu sei o quanto eu gostaria que continuasse sendo mesmo que agora seja apenas no que diz respeito a amizade. Mas hoje eu te escrevo isso como uma carta de alforria. Estás livre.

Livre e sem a proposta de voar alto e voltar. Meus braços estarão aqui sempre estendidos pra te segurar se tu cair, mas eu já não estarei mais aqui esperando que a tua liberdade seja a nossa. Fui tola o suficiente pra te deixar sair da barra da minha saia, mas foi uma tolice um tanto quanto sabia, afinal tu correu por tantos lugares e acabou voltando e se encostando no meu ombro. Mas eu sei que tu também vai ser meu porto um tanto alegre e seguro por muito tempo ainda.

Um porto que agora, nesse exato momento, me parece instável o suficiente para que eu não queira mais me abrigar por estas bandas. Quem sabe amanhã abra sol? Por enquanto essa tempestade interna me leva a buscar um outro porto já concreto e resistente, doce e firme onde tenho confiança de estar completamente segura. /sim por mais 20 anos e contando.

Mas todo o meu cuidado já tá tão cansado de existir, cada dia mais fraco e sem vontade de se esforçar. Só me prometa uma coisa antes que eu enfim queime tudo e deixe-nos em cinzas, prometa que não vai se deixar levar ao fundo do poço. Acredite em mim, não é um bom lugar para passar férias.

E não se esqueça que eu ainda acredito. Ainda.

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"o resto é mar, tudo que eu não sei contar."

terça-feira, 11 de novembro de 2008

a última mão de cartas.

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à minha eterna rainha de copas - Bruna.


No jogo entre espadas e copas, restaram nossos pedaços, apenas eu e você despidas, nuas, sem máscaras, sem naipes. Nos restou a penas a cartada final: sinceridade. Então aqui estão as minhas cartas na mesa...

Eu fingi.
Por tanto tempo me escondi atrás da maquiagem, dos traços em preto e do rimel que bem delíneava os meus olhos, inventei uma imagem minha na qual eu quase consegui acreditar ser real. Mas fui a mais completa tola. Fingi frieza enquanto meu sangue fervia a cada frase que escreveras e que eu vorazmente devorava como se não pudesse viver sem elas. Fingi indiferença ao mesmo tempo que anciosamente espera que o telefone tocasse para então mergulhar em mais algumas horas de conversa, essas que me acalentavam a alma. Fingi ser dura quanto aos teus atos quando na verdade eu queria fazer o mesmo. Forcei intolerância quando o que eu queria dizer era apenas: - tudo bem meu bem. Sim eu fingi, por dois anos, dois longos anos.

Fui inerte, fui covarde, dissimulei e fracassei.

Fracassei porque não pude com tudo isso, me afastei e fui te perdendo. Por que em tola crença achei que isso nos faria sofrer menos, que a distância cicatrizaria os cortes, que o sangue esfriaria com o tempo e que o coração não bateria mais tão intensamente. Mais uma tolice, o tempo não cura os cortes, não tira as marcas, não fecha as feridas, ele apenas nos faz pensar mais nisso. Crer? Crenças? Logo eu? puramente em você.

"Você é a bala mais sedutora da vitrine, a que ninguém pode pegar com a mão. Seu sabor não é nada artificial. Sua pele é trançada de puro algodão., colorida de leite e tem o cheiro de menta dos teus cigarros. Sua boca é a minha ferida e seus olhos minha escura perdição. Suas mãos estão em código e seu corpo é o que eu quero decifrar. Seus segredos e suas angústias é o que eu gosto de conhecer, são partes suas que ninguém descobre, que você encobre com lampejos de beleza. Se eu pudesse lhe roubaria e colocaria em um lugar muito próximo dos meus olhos. Entalharia seu nome no meu peito e me colocaria dentro do seu coração. Mas nada disso poderia ser, porque você não é como uma borboleta, que é bela mesmo morta em um pote de vidro. Eu não poderia te amar diferente do que é. Nem presa e nem em dissimulada paixão. Te amo livre, te amo longe..."

Me perdi entre tantas jogadas, entre tantos blefes. Mas tudo isso foi apenas um jogo? Porque se foi, eu jogo a toalha, adimito derrota. Você ganhou. Terminou a rodada com todas as cartas de copas e com a dama de espadas em mãos. Acertou a lua como diriam os jogadores tolos como eu.

Acordo todos os dias com saudades desse amor que fora e para mim sempre será inefável. A esperança que ainda existe em mim vive aguardando que o jogo recomece, mas a pouca sanidade que me resta prefere a certeza de que o jogo acabou.

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"É fácil ser bom com palavras ísis, difícil é ser bom com pessoas".
é verdade caro amigo, a mais pura e cruel das verdades.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

e fim.

Eu não entendo o motivo de tanta filosofia barata, já fazem quatro anos.


-Minha tola teimosia permitiu que chegássemos a este ponto? tola, sim. está foi a melhor frase que puderas ter me dito, mas não foi a teimosia, foi a crença de algo havia mudado, de que você havia crescido. tola ingenuidade eu diria, pensar que o tempo faz as coisas melhorarem, amadurecerem, se concretizarem.

Talvez assim seja melhor, culpar o tempo. Não fui, não foi você, o tempo só não passou do mesmo modo para nós, não vivemos as mesmas coisas, não nos envolvemos da mesma maneira. Besteira. Política de boa vizinhança é o escambal, eis que isto pode ser sinônimo de sinceridade meu querido, abra os olhos e entenda. Desculpas? de minha parte não. Fiz apenas o que devia ter feito e o que achei ser o certo, fechei os meus olhos e acreditei cegamente nos meus passos, não medi esforços e andei, mesmo sem saber para onde ir, mesmo sem ver se o caminho era o certo, apenas acreditei.

Essa história de que eu não deveria ter dado esperanças depois de tanto tempo é conversa furada de botequim, não se trata de esperança - quem dera eu levar fé assim - mas também não se tratou de amor. Achei que o cara legal que por anos fora meu amigo não fosse mudar da água pro vinho se voltássemos, achei que a volta seria triunfante depois de quatro anos de conversas e tardes de sol, achei que seria bom, que daríamos certo ou que alguém ficaria bem com tudo isto. e nós sabemos do que estou falando.

Sim, acabou.
e podes dizer o quanto quiseres que eu acabei, que não fomos nós, que não foi um consenso, que eu joguei tudo pro alto, que eu tive medo, que eu não me abri para que tu pudesse me fazer feliz, que eu não suporto a idéia de ser feliz, que eu e eu e eu, tudo minha culpa. é verdade, talvez seja medo, ou talvez só não fosse você. entenda que eu o fiz que nem eu e nem você merecíamos tanto teatro, e olha que sou amante das artes, eu não podia mais com tanta encenação, meus pés cansaram de segurar o peso de toda esta fantasia sobre os ombros, eu não podia mais com tantos holofortes no rostos, mesmo que no final houvesse tanta gente a aplaudir a belo casal romântico. Romântico? eu intitularia: Equívocos. Uma comédia trágica, uma sucessão de cenas de nossa amizade que parece ter se esvaído quando eu disse sim, tantas coisas perdida, um longa que passaria longe de um romance épico.

você me disse está manhã: - Um dia tu ainda vai me amar como eu te amo.
e o que tenho a dizer sobre isso? talvez daqui a mais uns quatros anos, quem sabe o tempo responda.

domingo, 5 de outubro de 2008

sobre sorrisos e vontades

pra ela.

sustento minha ciência em meia dúzia de coisas banais,
mas tenho sustentado meus pensares em sorrisos casuais.

bendita-maldita-hiponitizante combinação de olhar e sorriso
a boca me parece um ímã, dentes são desejo contido,
o mover de lábios ventre, suicídio.

teu sorriso me é fragmentado,
é o refúgio da minha loucura
metade prazer - metade tortura.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

por ela.

ísis freitas por nicole marcel:

eu diria que ela é uma mulher vestida de menina, uma garota da noite e uma doce criança do dia, um pedaçinho do céu com uma pitada de inferno. mantém um contorno nos olhos, disfarça olhares, finge brincar quando fala sério, mas não me engana, essa garota não me engana, nossos segredos guardados a sete chaves dentro do peito. conheço a garota atrás da maquiagem, atrás das carinha de bem-me-quer e mal-me-quer, minha paixão desmedida.

quanto tempo? 6 anos. 1 e meio separadas? triste realidade. mas me diz ainda fazes aquele charminho de sorriso maroto que deixa aparecer as covinhas quanto estás tramando algo? aposto que sim. sempre foi assim e sempre será, passem quantos anos forem. meu pequeno tesouro, melhor amiga da vida, tatuada na minha pele. minha pequena caixinha de música.

eu te diria que és foda se não te considerasse um orgasmo múltiplo. pois é, eu gosto tanto dela assim. ♥

terça-feira, 22 de julho de 2008

Quereres -
Vou lhe contar uma história. Se ela é real ou não, não sei ao certo.

[...] Era uma vez uma garota, ah.. tolice, era uma vez ela, vamos chamá-la apenas de Lisa por enquanto. Lisa. Jovem, animada, as vezes fria e calculista, as vezes doce e gentil, seu humor mudava com certa facilidade, era teimosa e muito racional, centrada e egoísta, pensava em si.. mas se perdia em outras pessoas. Deixemos isso pra lá, passaria horas aqui a escrever e não chegaria nem perto de decifrá-la o suficiente para descrevê-la verdadeiramente. Eu posso dizer que ela era intensa, era não, continua sendo e se tivermos sorte ela sempre será. Vive tudo que pode, experimenta tudo que lhe atiça a curiosidade, gostos e sabores, amores e desgostos, bebidas e comidas, drogas e sexos, sons e silêncios e o que mais ela conhecer e desejar.

E a história?
Ah sim, a história.. fuga de foco, me perdoem. Bem, Lisa conheceu uma garota do interior, dessas que tu olha e pensa: "de que buraco de mundo veio isso?", é a garota era a típica caipira, sei que vocês conseguem visualizar esta imagem: camisa de botão, macacão jeans desbotado com remendo quadricular, um tênis surrado. Um desastre. Pobre garota esta, Alice era o nome dela.. viera para a capital para estudar, seus pais mandavam dinheiro para ela sobreviver enquanto arduamente procurava emprego nessas bandas, o que de fato era difícil para uma garota como ela que trabalhou a vida inteira no campo ordenhando vacas e correndo atrás do gado da propriedade da família. Se conheceram em uma noite quente, Alice andava perdida com uma colega de faculdade pela Independência, saiam de um bar quando por alguma macete do destino esbarrou na Lisa, esta por sua vez estava ali como fazia todas as sextas-feiras, comprara cocaína e estava bebendo com os amigos.

- Hey, olha por onde anda garota, que merda. disse Lisa com um olhar de desprezo.
- Me desculpe, eu não queria, ah.. a sua cerveja, eu pago outra, desculpe-me, eu, eu ..

[...]
Eu bem poderia contar toda a história, mas vou resumir..
Lisa era uma garota e tanto, e aprendeu a lhe dar com isso, se prostituiu algumas vezes antes de se tornar uma cafetina, se é que poderíamos dizer isto dela sem recebermos um daqueles olhares, na verdade ela parecia ser a abelha rainha em um colméia, nesse caso um caberet. e a Alice? digamos que a Lisa mudou a vida dela. Sexo, drogas, amores, jogos, apostas, dinheiro, ilusão, homens, desejo, medo, mulheres, prazer, trapaças, falsidades, aliados, verdade, poder, dor, sangue, adrenalina, mentira, vontade, satisfação, melancolia, morte, sonho, solidão, paz e tantos quereres.

- Lembra de ter lido isso?
"Vou lhe contar uma história. Se ela é real ou não, não sei ao certo."

Ótimo.
deixa eu te contar um segredo? -Prazer, Lisa.
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Um curta, uma história, duas garotas. Quereres.

"Onde queres o ato eu sou o espírito, e onde queres ternura eu sou tesão
Onde queres o livre decassílabo, e onde buscas o anjo eu sou mulher
Onde queres prazer sou o que dói, e onde queres tortura, mansidão
Onde queres o lar, revolução, e onde queres bandido eu sou o herói."